REMÉDIOS PARA COLESTEROL. COLOCANDO OS PINGOS NOS “IS”.
Dr Otavio Celeste Mangili
Área de interesse: COLESTEROL ELEVADO
Essa semana foi lançado um artigo de revisão bastante interessante na revista britânica The Lancet sobre os riscos e benefícios das tão faladas estatinas, grandes companheiras das prescrições cardiológicas. Como já postei há alguns dias, muitas notícias equivocadas sobre essa classe de medicações têm feito as pessoas abandonarem seu uso, o que está levando a um aumento no risco de infarto. Essa nova revisão traz a importante informação que, a partir dos dados de estudo já disponíveis, podemos claramente definir a eficácia e segurança dessa classe.
As estatinas são capazes de reduzir os risco de eventos vasculares (isto é, mortes coronárias ou infartos do miocárdio, derrames e procedimentos de revascularização coronária) em cerca de um quarto para cada redução de 39mg/dl no colesterol LDL durante cada ano que são administradas de forma ininterrupta . Os benefícios individuais (ou como chamamos em medicina de redução de risco absoluto) da terapia com estatina dependem do risco inicial de um indivíduo de eventos vasculares e da redução total no colesterol LDL que é alcançada. A terapia com estatina tem demonstrado reduzir o risco de doença vascular progressivamente a cada ano que continua a ser feita, de modo que maiores benefícios absolutos vêm com o uso mais prolongado e estes benefícios persistem a longo prazo, o que demonstra também a importância de manter o tratamento ao longo do tempo.